Autoras: Aline Sales e Hindaya Fontenelle. Com a participação de Taina Ramos (primeira temporada)

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Capitulo 10 - Volta


O dia surgiu. Mas acordei antes disso. Algo estava quase quebrando a porta da frente de minha casa. Eram pancadas fortes. Eu sair. E vi que o Cello também tinha acordado. Ele já estava indo em direção a porta. Fui atrás dele. Ele me disse para ficar o mais longe possível, por que se fosse um ladrão tentando arrombar a casa eu poderia me machucar. Ele abriu a porta. E eu fiquei em choque. Não pode ser verdade. Lá estava!

xxx: - Quem é você? O que faz em minha casa?

A voz havia mudado. Suas expressões também. Havia mais ódio e dor nos olhos. Sua aparência era totalmente diferente. Não parecia ser a mesma.

Ste: - Mãe?
Juliana: - O que você acha? Quem é este?
Cello: - O sou o Marcello. A senhora lembra-se de mim?
Juliana: - Claro que lembro. Ah! A Ste agora é sua esposa?
Ste: - Não mãe. Ele é meu amigo. E a senhora bem sabe disso. Ele precisava de um lugar para ficar, e eu pedi para que ficasse aqui, por que eu estava sozinha.
Juliana: - Entendo. Quem mudou a fechadura de minha casa?
Ste: - Fui eu. E a casa agora é minha mãe.
Juliana: - Como?
Ste: - Você me abandonou. Passaram-se cinco anos, eu mudei o nome da propriedade para meu nome.
Juliana: - Nossa anda esperta hein...
Ste: - Mas, o seu quarto ainda, esta no mesmo lugar. A senhora é sempre bem vinda aqui.
Juliana: - O outro quarto de visitas ainda esta disponível. Ou você colocou outro homem aqui dentro?
Ste: - Esta livre sim, mãe.
Juliana: - Perfeito, sua tia esta vindo morar aqui também.
Ste: - Tia Grace?
Juliana: - Você tem outra tia?
Ste: - Eu não sei.

Ele entrou e não disse mais nada. Eu e o Cello ficamos ali parados, olhando um para o outro.

Capitulo 9 – As decisões que mudam


  [Ste narrando]

Tudo estava bem. Apesar do que aconteceu com a Jess mais cedo. Tinha um pouco de medo de ficar sozinha e ela tenta fazer algo. Então preferir ficar com as meninas conversando e pondo o papo em dia, enquanto o Guh ia dançar. Ele estava tão feliz com o nosso retorno de namoro. E é claro eu também estava muito feliz.

Foi então que eu percebi que Gustavo, não estava mais na festa. Então procurei por ele e não o via em lugar nenhum. Sentia em meu coração que algo estava errado. Queria poder ele para aliviar essa sensação em meu peito. Onde ele pode ter ido?

Ste: - Cello você viu onde o Guh foi?
Cello: - Acho que ele foi para o jardim tomar um pouco de ar. Ele parecia nervoso.
Ste: - Obrigada Cello, vou ver onde ele esta.
Cello: - Ok, baixinha

Cada momento que passava sentia que devia chegar logo ao jardim. “Algo está errado”, meu coração gritava comigo. Finalmente cheguei ao jardim. Mas meus olhos não acreditavam no que viam.

Dentre todos os pesadelos que eu menos gostaria de ver era esse. Gustavo abraçado e quase beijando outra. Eu não conseguir ver seu rosto, mas eu era capaz de ver o rosto dela. Era a Jess. Ela estava com uma expressão de prazer no rosto como se tudo aquilo fosse normal. O que deu no Gustavo para fazer isso? Como ele pode fazer isso comigo? Com o nosso futuro? Com os nossos sonhos e planos? Mil coisas passaram pela minha cabeça. Meus pensamentos davam voltas e mais voltas. Queria poder xingá-los por tal traição, mas minha voz quase era um sussurro e sibilou somente uma nota.

Ste: - Não!

Minhas vistas fecharam, e meus pensamentos foram sumindo, se escurecendo. Minhas pernas pareciam feitas de gelatina. Eu era uma mulher, mas naquele momento me senti como apenas uma mera menininha. “Quando eu preciso ficar acordada, isso acontece. Aff Ste,, você e sua fraqueza para desmaio”, me repreendi enquanto minha razão sumia como se fosse vento. Meu corpo sumiu e não vi, senti ou pensei e mais nada.

[Guh narrando]

Abracei a Jess. Queria que a partir dali ela visse que poderá sempre contar comigo. Eu era seu amigo. Eu iria cuidar dela. Ali eu percebi que por baixo daquela mascara de rebeldia e intrigas havia uma menina que precisava só de um pouco de carinho. Lembrei de como o pastor se preocupava com a Jess. Ele sempre dizia que quanto mais resistente o coração se manter a se render mais doloroso será a vinda para o Altar de Deus. Agora eu entendia. Jess lutava contra as correntezas do Rio da Vida. Ela sofreria mais para se render no altar. “Pobre menina”, eu pensei.

Senti que precisava fazer uma oração pela vida dela. Ali naquele lugar. Tinha que interceder pela vida de uma triste e pobre menina. Então abraçado a ela, fechei meus olhos e clamei em pensamento por ela.

“Senhor grandioso e maravilhoso em sua imensa santidade. Em tua presença eu ouso entrar para te louvar, te bendizer e engrandecer seu Santo nome. Oh Senhor! Misericórdia da vida da Jess. Ela só precisa de alguém para poder ajudá-la. Mostre sua fidelidade com ela, eu te suplico...”

Meus pensamentos foram cortados com uma voz que eu conhecia mesmo se eu estivesse em uma sala cheia de pessoas. Meu coração pulava ao ouvir aquela voz. Meus olhos sabiam que se eu os abrisse veria ela. A mulher da minha vida. A dona do meu coração, a senhora dos meus pensamentos. O ar que eu respiro. O meu melhor presente já ganhado.

Ste: - Não!

Então eu abri meus olhos e via que por questão de milímetros a Jess não me beija. “Oh Senhor! Ela não muda”. Empurrei-a para longe de maneira que não a machucasse.

Guh: - Sai Jess.
Jess: - O que foi?

Foi então que eu olhei para onde a voz da Ste tinha vindo. Ela estava caída no chão. Sai correndo em direção a ela deixando a Jess de braço abertos ao vento. Será que ela viu algo? “Oh meu amor”. Jess dessa vez passou de todos os limites. Como pode ela fazer isso. Peguei a Ste no meu colo, seu corpo estava frágil, como uma boneca. Me partia o coração vê-la daquele jeito. Ela era sempre forte. Mas sempre teve facilidade para desmaios. Quando se era de administrar suas emoções ela desmaiava.

Levei a para dentro. Assim que as pessoas viram Ste em meu colo à festa começou acabar. Ste não acordava e ao entrar em casa percebi que ela estava com um leve corte em sua cabeça. “Será que ela se machucou?” varias pessoas faziam a mesma pergunta. Levei a para seu quarto. Seu corpo parecia sem vida. Vi que o Cello há vinha atrás de mim, seguido pela Milla e o pastor.

Cello: - O que foi que aconteceu Gustavo?
Guh: - ela viu a Jess tentando me beijar. E então desmaiou.
Cello: - O que? A Jess queria te beijar? E você não fez nada? Aaah! Essa menina não se mede nunca. Quando ela terá juízo.
Guh: - Eu estava de olhos fechados orando nem a vi se aproximando. Milla pega o álcool, por favor?
Milla: - Claro Guh.
Guh: - Ah, por favor, trás também um pouco de gaze e curativos?
Milla: - claro Guh.

Comecei a fazer o curativo na cabeça dela. Ela era tão linda. Ate desacordada. Queria ter ela sempre para mim. Poxa não agüento mais ficar longe dela. Eu a amo mais do que tudo nessa vida.  Passei um pouco de álcool perto de seu nariz, para ela acordar. E comecei a falar perto de seu ouvido.

Guh:- Amor acorda. Não faz isso comigo minha vida. Eu te amo mais que tudo. Você é o ar que eu respiro. A luz do meu caminho. Sem você não sou nada. Acorda por favor!

Mas ela não respondia. Estava em um sono profundo. Nossa como ela era bela. Continuei colocando o álcool próximo ao seu nariz. Para ela poder acordar. Como estar com ela me fazia bem. Eu amo ela mais do que tudo. Finalmente ela começou a acordar. Seus olhos castanhos mel intensos olhavam em volta. Parecia estar assimilando as coisas. È terei muito a explicar a ela. Isso seria um fato.

Guh: - Amor?

[Ste narrando]

Cair no escuro do subconsciente.  Minha cabeça da voltas em lugares que eu não vi antes, mas ainda sim parecia que eu conhecia. Uma voz, então duas, três. Toda eu conhecia de alguma forma. Estaria eu morta? Mas novamente?! Não acho que seria isso.
Comecei a recobrar a memória. Eu tinha ido procurar o Guh. Fui até o jardim. Ele estava lá. Estava com alguém. Então o baque!  Ele estava com a Jess quase se beijando ou beijando ela. Sei lá.

Sua voz estava mais firme. Ele tava no meu lado. Mas eu não queria acordar. Queria ficar ali escutando a respiração dele. Seu perfume entrava nas minhas narinas. Aaah e claro, álcool. Ele tava tentando me acordar. Mas eu já estava acordada. Ponto para mim! Sempre me recuperei rápido de desmaios.

Guh:- Amor acorda. Não faz isso comigo minha vida. Eu te amo mais que tudo. Você é o ar que eu respiro. A luz do meu caminho. Sem você não sou nada. Acorda por favor!

Aaah! Como a voz dele é sedosa aos meus ouvidos. E essas palavras então na voz dele fazem meu coração palpitar. E que me segurava de olhos fechados era um pouco de orgulho. Afinal preciso de merecimento. Ainda sou boa em teatro. Aff o álcool novamente. Não agüento mais isso. Vou abrir meus olhos.
Guh: - Amor?

Olhei para ele. Seus olhos tinha preocupação, medo e insegurança. Eu sabia que ele não poderia me enganar. Afinal me esperou durante quatro anos e não ficou com ninguém. E claro eu amava demais ele para não perdoar. Mas tive que judiar um pouco dele.

Ste: - Gustavo o que você esta fazendo aqui?
Guh: - Amor, deixa eu explicar. Não aconteceu nada. Você precisa acreditar em mim.
Ste: - Eu não sei disso não Gustavo. Você esta bem confortável abraçando ela.
Guh: - Gente vocês podem nos deixar sozinhos uns momentos?
Ste: - Agora você quer conversar comigo? – olhei zangada, mas com o coração partido.
Todos: - Claro Guh. Se cuida Ste.

Vi as pessoas saindo. E Gustavo olhando para baixo. Aaah! Chega de fazer isso com ele. Fiquei olhando ele. Ele parecia culpado. Poxa como ele pode ser tão lindo assim? Mesmo estando preocupado. O silencio já estava me incomodando. Ele mais uma vez para ele. Então me levantei da cama. Fui ate meu criado e peguei meu diário. E de dentro peguei uma foto. Na verdade, era foto do nosso primeiro encontro.  Ele só ficou me olhando.

Ste: - Você lembra-se desse dia? Foi quando saímos pela primeira vez como namorados.

Ele olhou para mim. E ficou me encarado. Sorriu de leve.

Guh: - Claro que lembro Ste. Como posso me esquecer disso. Pode ter sido há cinco anos atrás, mas me lembro perfeitamente de cada detalhe. Do cheiro da pipoca. E do vento em meu rosto. Que também trazia seu doce perfume. Que é o mesmo de hoje ainda.  
Ste: - Guh, sabe que eu nunca pensei que você estaria me traindo. E justamente com a Jess. Sei que fui um pouco nervosa quando acordei, mas estava apenas brincando meu amor. Afinal sou a sua noiva prometida.
Guh: - Ainda bem que você sabe minha vida.  Ste queria te pedir uma coisa.
Ste: - Diga amor.
Guh: - Eu te pedi em casamento, e agora somos noivos. Mas não agüento mais ficar longe de você. Vamos nos casar mês que vem?
Ste: - Mas para que tanta pressa, Guh?
Guh: - Tenho medo de perder você. Por isso quero que você seja minha esposa. Não posso mais viver sem meu ar longe de mim.
Ste: - Nossa Guh. Você sempre tão perfeito. Também não quero te perder, amor da minha vida.

[Desconhecido narrando]

Des1: - Você sabe que se passou muito tempo não é verdade?
Des2: - Sei sim. Esta na hora de fazermos algo para acabar com a felicidade dela.
Des1: - Então você concorda que devemos voltar não é verdade?
Des3: - Ela ainda não pode saber que estaremos voltando.

Des2: - Faremos uma grande surpresa para aquela perdida.
Des1: - Ainda não me conformo por aquela traição dela.
Des3: - Não se preocupe. Uma vez dentro sempre dentro. Já disse isso Irma.
Des2: - Vamos fazer comemorar nosso retorno. Ainda mais com uma ajuda extra, né Irma?
Des1: - Bom vamos logo. Temos que arrumar um monte de coisas.
Des2 e Des2: - Certo.

Arrumamos todas as coisas. Fazia muito tempo que não pensava nesse assunto. Decidimos apagar metade de nossas vidas. Queríamos apagar aquele erro de nosso caminho. Aquela vergonha. Maldita traidora. Ninguém suportava pensar nela. Mas os tempos mudaram. Agora esta na hora dela receber o que merece. Desgraçada.

Des1: - Terminaram? Sinto que temos que andar logo.
Des2: - Sim. Mas aquela visão de uma ajuda lá é verdade mesmo?
Des3: - Você ainda duvida?
Des2: - Claro que não.

Sentimos o perfume das ofertas. Estávamos precisando partir logo. O tempo estava curto. Nossa informante havia dito que esta tudo acontecendo muito rápido. Nossos planos era quebrar e acabar a vida dela para sempre.

[Ste narrando]

Voltamos para a festa. Todos estavam parados. E olhando para mim. Aaah poxa não gosto de preocupá-los. Sorri para todos. Eles suavizaram suas expressões de preocupação. Sentir que todos ainda estavam um pouco tensos.

Ste: - Gente tudo bem. Só foi um simples desmaio.
Ana: - Esta tudo bem mesmo, Ste?
Ste: - Sim Ana. Tudo bem sim. – sorri.
Ester: - Você dá susto demais em seus amigos, Ste. – riu e o clima tenso acabou.
Ste: - Ah! Não foi minha intenção. – sorri timidamente.
Jess: - Ah Ste. Eu sou estava abraçando o Guh e só quis sentir o gosto dele. – gritou do fundo da sala.

Todos param e viram para olhar para ela. Ela simplesmente estava com um sorriso de todo o tamanho no rosto. Mas eu só vi o Cello se levantando e indo em direção a ela.

Cello: - Jess, por favor, eu te peço que se retire. Você no momento não é bem vinda aqui.
Jess: - Tanto faz!

Ela saiu. E simplesmente andou. Nem olhou para trás. Todos estavam perplexos. Olhávamos uns para os outros e não sabíamos o que dizer.

Cello: - Desculpa Ste. Não devia ter feito isso. A casa não é minha. Mas não me agüentei.
Ste: - Ah! Que isso Cello. Essa casa também é sua. E não foi nada. Antes você do que eu. Eu teria feito pior confesso.
 


A festa terminou. Todos foram para suas casas. Bem mais um dia de gloria não foi? Tudo estava perfeito. Mas eu sentia algo ia acontecer. Às vezes temos essa sensação de que algo ou uma ansiedade, de que vai acontecer. Mas tudo bem tudo que foi acontecer vai ser o melhor possível.

Capitulo 8– Acusações do passado.


                                                                                                                                      
                 Depois de tantas emoções, finalmente eu estava de volta ao meu lar doce lar. A viagem foi um pouco cansativa por isso que cheguei em casa e fui logo dormir um pouco. Gustavo, Cello e as meninas ficaram acordados. 

Cello: - O que vocês acham de uma festa de boas vindas pra Ste? - Cello deu uma sugestão.
Milla: - Ótima idéia! - Milla concordou e se levantou.
Cello: - Vai aonde, amor?
Milla: - Começar a preparar as coisas. - Deu um beijo rápido nos lábios de Cello, e logo depois foi com as meninas para a cozinha.
                 Enquanto as meninas estavam preparando as coisas na cozinha, Gustavo e Cello estavam ligando pro pessoal, convidando todos para participarem da festinha surpresa. As meninas se divertiam fazendo as coisas.  Parecia que Milla e elas se conheciam já á muito tempo! O entrosamento estava sendo muito bom! Guh e Cello terminaram de ligar para o povo, e logo foram arrumando as bolas, mesas, enfeites e etc.

Aos poucos o pessoal estava chegando, e enquanto Gustavo cuidava do finalzinho das coisas, Marcello atendia os convidados.

Cello: - Sinta-se a vontade, pastor!
Pastor: - Obrigado, filho. - Se cumprimentaram e logo o pastor foi procurando um lugar para ficar.

                   Marcello cumprimentou muitas pessoas, e quando ele achou que todos já haviam chegado, Jess apareceu.

Jess: - Oi Marcello. Desculpe, me atrasei um pouco.
Cello: - Não, tudo bem. Entra aê. - deu espaço pra Jess entrar e logo depois fechou o portão.

                    Finalmente todos já estavam em casa. Agora era só esperar Stephanie acordar. As meninas haviam feito muita coisa, havia comida de tudo quanto é tipo. Stephanie dormia, dormia e não acordava. Jess estava um pouco destacada do pessoal, estava sentada em um canto, esperando apenas uma oportunidade pra dá o seu golpe. O diabo é sujo, todos nós sabemos disso, e naquele dia ele preparou um laço pra Ste. Todos da festa estavam comentando sobre o sono de Ste, até que Jess, sonsa do jeito que é, sugeriu que ela fosse acordar Ste no quarto para começar a festa. Ninguém poderia imaginar que Jess iria armar pra Ste naquela noite.
                    Jess entrou no sapatinho no quarto de Ste, abriu a porta bem devagar e depois fechou com todo cuidado do mundo. Logo se lembrou do que aconteceu entre ela e Stephanie no passado, e resolveu atentar Stephanie logo nessa área.

Jess: - Stephanie acorda... - sussurrava bem devagar no ouvido de Stephanie.
Ste: - Nã.. - Ste respondeu, mais respondeu sonhando.
Jess: - Tá na hora de acordar, Stephanezinha. - Acariciou os cabelos de Stephanie e já se preparou para atacar.
Ste: - Não.. nãa.. NÃO!  - Acordou assustada, pois estava tendo um pesadelo de um demônio tentando pega-la.
Jess: - Stephanie, o que houve? - se fez de inocente e fingiu se preocupar com Ste.
Ste: - Não, nada não. - Passou a mão na cabeça. - Sangue de Jesus tem poder! - Balançou a cabeça negativamente.
Jess: - O que houve Ste?
Ste: - Só um pesadelo, mas eu estou bem. Sorriu pra disfarçar.
Jess: - Como você mudou Ste... - Passou a mão no rosto de Ste.
Ste: - Ah, todo mundo Jess. - Sorriu toda inocente.
Jess: - Como você está bonita... - Olhava com malicia para Ste.
Ste: - Jess.. Que papo é esse? - se assustou com o olhar da menina.
Jess: - Ah, vai dizer que você não se lembra das nossas brincadeirinhas de antigamente? - mordeu o lábio inferior e olhava freneticamente para Ste.
Ste: - Olha aqui Jess, isso é PASSADO! - Levantou-se da cama e foi pro canto da parede. - Não tente fazer nada comigo, ouviu?
Jess: - Por quê?  Você adorava fazer essas brincadeiras. - levantou e foi em direção a Ste.
Ste: - Sai Jess, sai!

Antigamente quando eu era do mundo, eu ficava com todo mundo que aparecesse na minha frente. Me envolvi com o homossexualismo e conheci a Jess nesse mundo. Nós vivíamos praticando este ato, mais Deus me libertou e eu sai daquela vida. Ao ver Jess me tentando daquele jeito, me trazia más lembranças do meu passado, e uma dor no coração ia me consumindo aos poucos.

Ste: - Não, porque logo agora ela foi aparecer? Meu Deus, o que é isso? As únicas coisas que passavam pela minha cabeça era isso.

Jess: - Você não agüenta ficar perto de mim, né? - se aproximava cada vez mais de Ste. - Tem medo de se entregar ao seu passado, não é mesmo? Mais porque ter medo? Todo mundo faz isso, hoje em dia isso é comum. Larga de ser boba e vamos nos divertir, tetezinha. - Deu uma risada super extranha.

Ste: - Não chega perto de mim! - Ste pronunciava cada palavra já sem fôlego.
Jess: - Chega de brincadeira, tá na hora de agir!

                     Sem dá tempo de Ste pensar ou até mesmo ter uma reação, Jess foi pra cima de Ste e a beijou como antigamente. Ste não teve reação, não se movia, estava em total estado de choque Estava em transe! Jess se alimentava da dor de Ste, sabia que aquilo ia afetar Ste e fazer com que ela ficasse triste, e isso dava prazer pra Jess. Até que Ste saiu daquele transe, afastou Jess de perto dela e limpou a boca. Ste não estava com raiva de Jess, mais sim do que estava dentro de Jess.

Ste: - Você é maluca? Como você faz uma coisa dessas comigo? - movia as mãos freneticamente.
Jess: - Ah, eu sei que você gostou. - Dava boas gargalhadas.
Ste: - Olha aqui, eu sei que não é a Jess que está falando isso, mais sei que é você que tá dentro dela que tá fazendo isso. Então, agora, no nome de Jesus, eu te ordeno a sair dela. AGORA!

                     Ste falou com autoridade, tinha firmeza na voz, e quando olhou pra Jess, ela manifestando a tal pomba-gira no corpo. Ste se assustou, não sabia o que fazer mais uma vez aos seus ouvidos a mandavaela repreender. E ela fez exatamente como a voz mandou, expulsou o demônio. Logo em seguida Deus deu a ela uma revelação. Nessa revelação Deus dizia á ela que aquilo era apenas o começo, e Jess era o alvo do diabo pois estava fraca, e ainda estava presa ao seu passado.

Ste abaixou a cabeça e fez uma breve oração em seu pensamento.
Senhor, eu não entendo seus planos, e nunca me atreverei a tentar entender. Pois sei que os seus pensamentos e projetos, não são os mesmos que o meu. Mais Senhor, eu te peço que me guarde e me dê sabedoria para poder lidar com esta situação, pois sou fraca e sozinha não consigo ficar em pé. Pai, para finalizar esta breve e rápida oração, eu peço que o Senhor liberte a Jess. Cuida dela, Senhor, amem.
                     Terminou sua oração, abriu seus olhos e viu que Jess já havia ido para outro lugar. Então, rapidamente, saiu do quarto e viu que as luzes estavam apagadas. Estranho, mais quando foi acender as luzes, levou um susto. Todos estavam cantando, festejando, pulando e dando boas vindas para Ste.

                     Nossa, naquele momento eu pude perceber que eu tinha pessoas que realmente me amavam, e que eu poderia contar sempre com todos que estavam ali. Tive uma mistura de sentimentos, mais a única coisa que eu consegui fazer, foi ficar parada e admirada com todas aquelas pessoas e com o cuidado que tiveram para fazer aquela linda surpresa. Olhei em volta e vi todas as pessoas ao qual eu convivo que eu divido minha vida e que me fazem feliz. O sorriso no meu rosto foi inevitável, eu havia ficado muito contente com aquela surpresa.

Todos: - Ela merece! Ela merece! Ela merece!  - Todos cantavam em coro.
Ste: - Ah, gente... Obrigada! – agradecia bastante emocionada. 
Ana: - Ta, agora podemos começar a comer? To morrendo de fome! – Ana caiu na gargalhada.
Cello: - Ta Ana vamos comer, vamos. – Marcello balançou a cabeça negativamente e começou a servir o pessoal.
                    Gustavo ligou o som e o pessoal começou a dançar, comer e se divertir. Stephanie estava muito feliz, e fazia questão de falar com cada pessoa que estava na festa. Sempre sorridente e muito simpática, todos se encantavam cada vez mais com Stephanie. Gustavo ficava cada vez mais apaixonando por Stephanie, o jeito como ela tratava as pessoas deixava Gustavo muito feliz.

Eu ainda vou conseguir tirar você do meu caminho, Stephanie. – Jess estava segurando um copo de refrigerante na mão, e fuzilava Ste com o olhar. Seus pensamentos eram tudo diabólicos.

Cello: - Vem Jess, vamos dançar! – Cello a convidou para dançar.
Jess: - Já vou, Cello. – Deu um falso sorriso e foi junto com ele.

Começaram a dançar freneticamente. Gustavo estava dançando também, mais Ste não estava ao seu lado, estava conversando com umas amigas. Jess não perdeu tempo, aproveitou para começar a atacar o pobre do Gustavo.

Jess: - Você dança muito bem!
Guh: - Obrigado. Mais eu só faço isso porque quero adorar ao meu Deus. – Respondeu e não parava de dançar.
Jess: - Cadê Stephanie que não está com você? Ela é doida de te deixar sozinho dançando...
Guh: - Jess, Stephanie está com as amigas matando a saudade, e eu estou aqui me divertindo. Agradeço sua preocupação, mais acho que não precisa ser tanto assim.
Jess: - iiii... Só dei minha opinião.  Grosso!
Guh: - Olha, eu estou muito feliz Jess, e você não vai conseguir me irritar!   
Jess: - E quem disse que eu quero estragar sua felicidade? Eu quero é te deixar mais feliz! – Lançou um olhar super sedutor pra Gustavo.
Guh: - Com licença, vou lá fora pegar um pouco de ar.

          Gustavo percebeu que Jess estava com malicia pro lado dele, então resolveu ir lá pra fora pra evitar alguma coisa.

Guh: - Meu Deus do céu será que a Jess ainda não me esqueceu? Falou baixo consigo mesmo.
Jess: - Falando sozinho, fofo? Jess se aproximou lentamente e colocou sua mão em seu ombro.
Guh: - Só pensei alto. – Gustavo virou-se rapidamente e afastou-se de Jess.
Jess: - Estava pensando em mim, por isso acabou falando meu nome.
Guh: - Não é isso, é que eu pensei alto.
Jess: - Ah, gu... – Insinuou uma falsa cara de quem estava triste.
Guh: - O que houve Jess?
Jess: - Estou tão triste. 
Guh: - Mais por quê? Sua cara de preocupada não enganava Jess, a menina sabia que Guh era muito atencioso e se preocupava com todos.
Jess: - Eu estou carente, Guh.
Guh: - Ah, fica assim não.

        Gustavo vendo a menina triste (ou melhor, caindo na mentira), sem maldade nenhuma a abraçou. Jess sorriu maliciosamente, e se aproveitou da preocupação do menino. 


Jess olhava Gustavo e memorizava cada detalhe dele. Os ombros largos, os cabelos castanhos mel e seus lindos olhos azuis. Enquanto sentia seu suave abraço. E seu perfume que a deixava doida. Sentia que tinha que aproveitar cada instante e momento. Pois talvez jamais tivesse outra chance como essa.

Gustavo abraçava Jess com pena em seu coração. Sabia da triste historia dela. Alguns anos depois que Ste se converteu, a Jess se converteu também, mas era com um coração duro e egoísta. O pastor Andre sempre trabalhava com ela no grupo de novos convertidos. Cinco anos se passaram desde conversação dela e ela ainda não havia superado os problemas do passado. Guh sentia que devia ajudar e então a abraçou como uma primeira atitude.

Guh: - Aaah! Jess. Você sabe que precisa mudar algumas atitudes suas. Não pode continuar dessa forma.

Jess não escutava nada. Só sabia em seu coração que tinha que conquistar o Gustavo para ela. Então olhou para cima e ainda estava abraçada a Gustavo. Percebeu então que sua boca estava a poucos centímetros de Gustavo. Podia ate sentir o doce e suave aroma do hálito dele em seu rosto. Queria agora poder sentir o seu beijo. “Talvez se ele sentir o meu beijo, ele se esqueça de uma vez por todas daquela sem graça da Stephanie.” – Pensava ela.

Sentia que aquele era o momento. Tudo dali para frente ia mudar. Todos esqueceriam a Ste e ela seria a menina mais amada da Igreja. Ela seria a preferida do pastor. Ela seria a ministra do louvor e finalmente ela seria a namorada do Gustavo. Ela se aproximou dele ainda mais. E percebeu que ele estava orando de olhos fechados. Aquele seria o momento ideal.
 

Capitulo 7 – Renovando o Espírito


O tempo passou. Cortei todas as minhas ligações com as pessoas da minha velha cidade, às vezes o Cello, vinha me visitar, mas só isso. Fiz isso por que não suportava ter tantas noticias do Gustavo. Parei de entrar no meu e-mail e Orkut, pois sempre tinha algum recado dele. Sentia muita falta dele, mas não podia perder a minha coragem. As cartas que ele mandava quebravam meu coração era como se ele nunca tivesse me esquecido. Sempre soube que o Guh era teimoso, só na imaginava que seria tanto assim. As pessoas no seminário pensavam que eu tinha um namorado ou noivo, pois sempre tinha algum presente chegando para mim. O Guh sempre mandava presentes, e de certa forma fazia sua presença ser ainda viva na minha vida.

Haviam se passado quatro anos. E finalmente eu estava prestes para voltar para casa. Minha vida se tornou uma rotina, dentro do seminário. Muitas poucas vezes eu saia, não tinha quase vontade de nada. Ia somente à igreja com as meninas e raramente saia com elas para ir à cidade. Pensei que com o tempo poderia esquecer o Guh. Tanto que pretendentes não faltaram. As minhas amigas estavam todas, noivas. A Ana seria a primeira a se casar. Faria quase quatro anos que ela namorava com o Biel. Era o casal mais lindo que eu vi. Me lembra de mim e eu o Gustavo, como eu sentia a falta dele. Digamos que ele foi amor a primeira vista. E as demais seriam as próximas.

Nos tornamos grandes amigas e muito unidas tanto que quando eu voltasse para minha cidade elas iriam comigo ajudar em um projeto missionário na minha cidade.

Fee: - Ste, semana que vem, você ta voltando para sua cidade né? O que você fará em relação ao Gustavo? Não é segredo que você ainda ama ele, vocês poderiam voltar né?
Ste: - Aiin amiga nem sei. Acho que ele me esqueceu finalmente. Você notou que de três meses para ele nunca mais deu sinal de vida. Nunca mais mandou nada e nem ligou mais. Também andei olhando os e-mails e nada também.
Fee: - Poxa amiga. Sinto tanto. Só ainda não entendo, se você acha que ele te esqueceu por que não namorou com o Davi, ele é um bom partido, será missionário também e gosta muito de você.
Ste: - O Davi é uma ótima pessoa, mas, eu jamais poderia fazer isso com ele. Eu amo o Gustavo e acho hoje, que sempre o amarei. Passaram-se quatro anos e ainda nunca o esqueci, acho que nunca esquecerei. Ele sempre será o amor da minha vida.
Fee: - Vixe amiga, sei como é, também amo muito o Lucas, e não sei se conseguiria fazer o que você fez isso. E não vejo a hora de poder estar com ele.
Ste: - Posso tudo naquele que me fortalece Fee. Se não fosse Deus já teria feito burrada.
Fee: - Aiin amiga, calma. É acho que ta na hora de irmo dormir, já ta tarde.
Ste: - Verdade.

Dormimos e mais uma vez sonhei com ele. Era o dia do nosso casamento e todos estavam lá. Havia um homem que eu não sabia quem era, mas a sua presença me trazia conforto e eu gostava dele. Esse sonho se repetiu durante os quatro anos, e me dava um aperto no coração. Pois sempre que eu ia dizer sim, era tarde demais, ou melhor, cedo, o dia amanhecia, e o sonho acabava, e nunca podia dizer o tão sonhado sim. Mas inutilmente eu levantava e ia fazer minhas obrigações. Só que eu menos imaginava que esse dia seria um dia totalmente diferente, e a surpresa eu teria.

Tive minhas aulas, e quando estava indo para meu quarto, quase tive um surto. Não pode ser possível. Dentre todas as pessoas que eu menos esperava e queria ver era aquela.
Tetê: - Ester tudo bem? Você esta branca como papel.

Eu teria que passar pela pessoa. Não havia outras entradas para o dormitório. E ela estava parada bem na porta. Justamente na porta.

Ste: - Tinha que ser na porta? – pensei e acabei falando também.
Mimi: - Tinha que ser na porta o que Ste? Você ta bem?
Fee: - Ste melhor você sentar você ta muito mal, ate parece que viu um fantasma.

Bem que eu queria ver um fantasma no lugar dela, tudo seria melhor que ver aquela pessoa. Tudo e todos seriam melhor que vê-la. Não poderia suportar olhar para ela.

Ana: - Ste beba isso pode te fazer bem...

Isso foi tudo que eu ouvir antes de cair. Perdi meus sentidos, sei que desmaiei, pois a partir daí não vi mais nada.

Será que tudo isso foi um sonho? Só pode ser um sonho. Tudo não passou de um sonho. Deixa-me ver, eu sou Stephanie, e tenho vinte e três anos, e estou sonhando. Tudo isso foi um sonho, um simples sonho. Ou pesadelo, não esperava ver quem eu vi. Sentir ser carregada. Mas eu não queria acordar. E se fosse verdade? Não. Não pode ser verdade. Ouço alguém falando, “coloque-a aqui”. Então novamente veio o silencio. Acho que voltei a dormir. Não sei quanto tempo fiquei ali deitada. Será que foi um sonho? Será que realmente aconteceu? Essa pergunta ficava na minha cabeça. Será que ela ainda esta aqui? Então criei coragem e comecei a abrir os meus olhos, foi então que eu vi...

[Marcello narrando]


Estávamos em maior correria, à final Ste estava voltando para casa. Na igreja o Pastor Andre estava pura alegria, ele sempre gostou de Ste, a via como uma filha. E eu nem me controlava. Tive ate que dar um tempo nos ensaios do louvor, pois não estava conseguindo me concentrar e me controlar, sempre saia notas errada. Estava muito ansioso. Faz tanto tempo que eu a vi. Tinha apenas seis meses, mas pareciam seis anos. Quanta saudade que ela me faz.

Milla: - Fica calmo amor vai dar tudo certo. Ela virar em boas mãos. Afinal quem mais seria melhor para trazê-la do que você sabe quem?
Cello: - Verdade. Só queria ter ido também, mas fazer o que, né? Sei que terá uma grande surpresa quando voltar.
Milla: - Sim, sim. Ela nem deve imaginar. Tudo foi bem planejado e não tinha como ela descobrir.
Cello: - Sim, mas me ajuda aqui, amor, temos que terminar isso se não a surpresa não será completa.
Milla: - Vamos.

[Stephanie narrando]

Abrir meus olhos e lá estava bem na minha frente. Estava olhando para a janela. Já era de noite. De noite? Dormir tanto tempo assim? Não me viu acordar. E simplesmente estava mais lindo do que nunca.

Ste: - Gustavo, o que você esta fazendo aqui?

Ele olhou para mim, nossos olhos se encontraram e foi se nossos olhos estivessem ligados por um fio. Pensei que conseguiria ter mais reação ao vê-lo, mas foi impossível. Nossos diziam muito mais que palavras. No olhar dele havia duvida, mas uma coisa era mais visível e mais destacável do quer qualquer outra, por mais que existisse duvidas, magoas eu conseguia ver lá no fundo o que era mais forte era o amor. Havia amor. Muito amor.

Guh:- Você esta bem Ste?
Ste: - Estou. Mas o que você esta fazendo aqui?
Guh:- Vim de buscar, afinal semana que você termina seu seminário.
Ste: - Eu sei, e como eu sei, não precisava.
Ana: - Ste, que bom que você acordou você caiu feio, as meninas estão preocupadas. Que susto que você nos deu. Mas ainda bem que o Gustavo nos ajudou.
Ste: - Desculpa essa não foi a minha intenção.
Guh: - Pode deixar Ana, ela esta bem, só foi um desmaio.
Ana: - Verdade, ainda bem que você estava por perto. Foi perfeita sua ajuda. Obrigado.
Guh: - Foi nada, faria isso milhares de vezes se fosse preciso. Só estava no lugar certo e na hora certa. – Ele me olhou, e forçou um sorriso triste.
Ste: - Ana, por favor, pode nos dar licença, eu preciso conversar com o Gustavo.
Ana: - Claro tudo bem.

Ficamos algum tempo sem dizer nada, olhávamos para o nada. O silencio era constrangedor. Ate que finalmente nossos olhos se encontraram de novo. Eram gritantes nossos sentimentos. Em cada linha e ponto de brilho dos olhos dele, eu era capaz de me afogar. E eu via o que mais queria e temia, ele ainda me amava.

Guh: - Ste, você esta mais linda ainda, nenhuma de minhas recordações e lembranças chegam ao perto do que você esta hoje.

Sua voz cortou o silencio era como se eu estivesse explodindo dentro de mim um sentimento que por muito eu quis afogar e pagar. Guardar para sempre. E nunca mais deixá-lo sair.

Ste: - O que você faz aqui? Para que isso? Para quer procurar mais dor e sofrimento?
Guh: - Desde quando você se tornou tão tontinha, hein?
Ste: - Sem gracinhas, Gustavo. O que você veio fazer aqui?
Guh: - Já disse. Vim te buscar. Vou te levar de volta para casa e também..
Ste: - E também?
Guh: - Sei que nunca você me pediu isso, mas ainda sim eu fiz. Nunca fui capaz de esquecer você. Sempre eu fechava meus olhos, eu vi você. Passei muito tempo tentando criar forças e coragem, queria ter feito isso antes, mas não pude já eu também estava estudando. Mas quando tive a primeira oportunidade, não a perdi. Eu te amo Stephanie Gabrielly Morais.

Aquilo tudo me pegou de surpresa. Eu não sabia dizer. Minhas palavras fugiam da minha boca. O que faria? Não tinha idéia de mais nada. Ele ainda me amava, não acredito se passaram tanto tempo e ainda sim ele me amava? Então me veio em minha mente: “o amor, é paciente, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. 1 Co 13.6-7.” Como não tinha visto isso antes? Deus nunca faria sofrer assim por uma coisa tão boba assim. Olhei para ele e chorei tanto. Ele me abraçou como eu sentia falta daquele abraço. Sentia falta de estar com ele. Sentia falta do seu amor. O meu único e verdadeiro amor. O amor da minha vida. Queria que nunca tivesse tomado aquela decisão, que sé fez nossos corações sofrerem tanto.

Ste: - Gustavo, desculpa ter feito você sofrer tanto. Fui tola demais em pensar que poderia te fazer feliz e ser feliz longe de você e se não te prendesse a uma promessa. Mas me enganei, só fiz você sofrer. Fui egoísta e não me preocupei com sua decisão, nem ao menos te escutei. Mas durante todo esse tempo meu coração apenas gritava mais e mais alto meu amor por você. Sempre te amei, e em nenhum momento deixei de te amar. Nunca me esqueci de nenhum de nossos momentos. Você sempre esteve comigo. Sempre. Me perdoa meu amor. Eu te amo tanto.
Guh:- Não tenho que te perdoar por nada. Você fez o que achou melhor e o certo. E sinceramente acho que isso tudo fez nós ver a intensidade de nosso amor. Se ele foi capaz de suportar tudo isso e ainda sobreviver, é por que ele é para sempre.
 Ste: - Sim amor. Quero estar com você sempre.
Guh: - Eu também.

Então me veio à idéia de fazer algo por ele. Peguei a mão dele e desci correndo para o salão. Ele vinha me seguindo. As meninas quando me viram indo como uma doida, vieram atrás também de mim. Eu estava disposta a provar que eu gostava dele. Entrei no prédio principal e continuei correndo. Até que cheguei a onde eu bem queria.

Ste: - Guh queria te mostrar uma coisa.
Guh: - O que amor? O que você quer me mostrar?
Ste: - Sente nesse banco, ta amor?

Estávamos na sala de musica. Durante o período do seminário todos os alunos tinham aula de musica. Então eu finalmente aprendi a tocar vários instrumentos, mas o meu preferido era o piano. Comecei a tocar uma melodia calma para testar minhas capacidades, fazia tanto tempo que eu não tocava e também para ajustar o piano.

Ste: - Nunca te fiz nenhuma surpresa, e nunca conseguir pagar e agradecer por tudo que você já fez por mim. Então vou te fazer essa surpresa para você.

Comecei a tocar a musica que eu sempre tocava quando eu se lembrava dele.


Viajo sonhando com você no coração
Sem medo, cantando, segurando a sua mão
Se a saudade me sondar, o meu ouvido ouvirá
Sua voz dizendo: "Te quero, eu te amo"

Descanso no sonho, eu só quero te encontrar
Me envolver de novo em teu sorriso, em teu olhar
Eu sempre vou estar aqui, te esperando pra ouvir
Tua voz dizendo: "Te quero, eu te amo"

Eu não me lembro de chorar
Sem que você pudesse estar
Com suas mãos a enxugar minhas lágrimas

Eu não me esqueço
De orar todo dia por nós dois
Por toda a vida vou falar que eu te amo
Oh, eu te amo

Eu não me canso de orar
Todo dia por nós dois
Por toda a vida eu vou falar "eu te amo"

Quero te encontrar - Pamela

Gustavo não parava de me olhar. Seus olhos estavam brilhando e algumas lágrimas estavam escorrendo. Terminei a canção e ele veio até a mim. Nos abraçamos e escutei alguns gritos e palmas.

Guh: - Ste posso te fazer um pedido? – segurou minhas mãos e olhou dentro dos meus olhos.
Ste: - Sim, pode! – Respondi meio desconfiada, mais respondi.
Guh: - Você aceita se casar comigo? – sorriu para mim.
Ste: - Sério? – Eu não estava acreditando no que eu havia acabado de escutar. Nossa, eu pensei que ele nunca faria isso, ainda mais depois do que eu fiz com ele.
Guh: - Sim, Ste. Você aceita ser a mulher da minha vida?
Ste: - Aceito!  - O abracei e o beijei. Naquele dia eu estava realizada!                   
Ouvi as meninas gritando, mandando beijo e dizendo ‘Eu sabia! Eu sabia! . Nossa, foi muito bom ouvir aquelas palavras, me senti uma rainha.  E tudo isso só fez renovar o meu espírito.  E minha confiança no senhor só aumentou.