Autoras: Aline Sales e Hindaya Fontenelle. Com a participação de Taina Ramos (primeira temporada)

Capitulo 9 – As decisões que mudam


  [Ste narrando]

Tudo estava bem. Apesar do que aconteceu com a Jess mais cedo. Tinha um pouco de medo de ficar sozinha e ela tenta fazer algo. Então preferir ficar com as meninas conversando e pondo o papo em dia, enquanto o Guh ia dançar. Ele estava tão feliz com o nosso retorno de namoro. E é claro eu também estava muito feliz.

Foi então que eu percebi que Gustavo, não estava mais na festa. Então procurei por ele e não o via em lugar nenhum. Sentia em meu coração que algo estava errado. Queria poder ele para aliviar essa sensação em meu peito. Onde ele pode ter ido?

Ste: - Cello você viu onde o Guh foi?
Cello: - Acho que ele foi para o jardim tomar um pouco de ar. Ele parecia nervoso.
Ste: - Obrigada Cello, vou ver onde ele esta.
Cello: - Ok, baixinha

Cada momento que passava sentia que devia chegar logo ao jardim. “Algo está errado”, meu coração gritava comigo. Finalmente cheguei ao jardim. Mas meus olhos não acreditavam no que viam.

Dentre todos os pesadelos que eu menos gostaria de ver era esse. Gustavo abraçado e quase beijando outra. Eu não conseguir ver seu rosto, mas eu era capaz de ver o rosto dela. Era a Jess. Ela estava com uma expressão de prazer no rosto como se tudo aquilo fosse normal. O que deu no Gustavo para fazer isso? Como ele pode fazer isso comigo? Com o nosso futuro? Com os nossos sonhos e planos? Mil coisas passaram pela minha cabeça. Meus pensamentos davam voltas e mais voltas. Queria poder xingá-los por tal traição, mas minha voz quase era um sussurro e sibilou somente uma nota.

Ste: - Não!

Minhas vistas fecharam, e meus pensamentos foram sumindo, se escurecendo. Minhas pernas pareciam feitas de gelatina. Eu era uma mulher, mas naquele momento me senti como apenas uma mera menininha. “Quando eu preciso ficar acordada, isso acontece. Aff Ste,, você e sua fraqueza para desmaio”, me repreendi enquanto minha razão sumia como se fosse vento. Meu corpo sumiu e não vi, senti ou pensei e mais nada.

[Guh narrando]

Abracei a Jess. Queria que a partir dali ela visse que poderá sempre contar comigo. Eu era seu amigo. Eu iria cuidar dela. Ali eu percebi que por baixo daquela mascara de rebeldia e intrigas havia uma menina que precisava só de um pouco de carinho. Lembrei de como o pastor se preocupava com a Jess. Ele sempre dizia que quanto mais resistente o coração se manter a se render mais doloroso será a vinda para o Altar de Deus. Agora eu entendia. Jess lutava contra as correntezas do Rio da Vida. Ela sofreria mais para se render no altar. “Pobre menina”, eu pensei.

Senti que precisava fazer uma oração pela vida dela. Ali naquele lugar. Tinha que interceder pela vida de uma triste e pobre menina. Então abraçado a ela, fechei meus olhos e clamei em pensamento por ela.

“Senhor grandioso e maravilhoso em sua imensa santidade. Em tua presença eu ouso entrar para te louvar, te bendizer e engrandecer seu Santo nome. Oh Senhor! Misericórdia da vida da Jess. Ela só precisa de alguém para poder ajudá-la. Mostre sua fidelidade com ela, eu te suplico...”

Meus pensamentos foram cortados com uma voz que eu conhecia mesmo se eu estivesse em uma sala cheia de pessoas. Meu coração pulava ao ouvir aquela voz. Meus olhos sabiam que se eu os abrisse veria ela. A mulher da minha vida. A dona do meu coração, a senhora dos meus pensamentos. O ar que eu respiro. O meu melhor presente já ganhado.

Ste: - Não!

Então eu abri meus olhos e via que por questão de milímetros a Jess não me beija. “Oh Senhor! Ela não muda”. Empurrei-a para longe de maneira que não a machucasse.

Guh: - Sai Jess.
Jess: - O que foi?

Foi então que eu olhei para onde a voz da Ste tinha vindo. Ela estava caída no chão. Sai correndo em direção a ela deixando a Jess de braço abertos ao vento. Será que ela viu algo? “Oh meu amor”. Jess dessa vez passou de todos os limites. Como pode ela fazer isso. Peguei a Ste no meu colo, seu corpo estava frágil, como uma boneca. Me partia o coração vê-la daquele jeito. Ela era sempre forte. Mas sempre teve facilidade para desmaios. Quando se era de administrar suas emoções ela desmaiava.

Levei a para dentro. Assim que as pessoas viram Ste em meu colo à festa começou acabar. Ste não acordava e ao entrar em casa percebi que ela estava com um leve corte em sua cabeça. “Será que ela se machucou?” varias pessoas faziam a mesma pergunta. Levei a para seu quarto. Seu corpo parecia sem vida. Vi que o Cello há vinha atrás de mim, seguido pela Milla e o pastor.

Cello: - O que foi que aconteceu Gustavo?
Guh: - ela viu a Jess tentando me beijar. E então desmaiou.
Cello: - O que? A Jess queria te beijar? E você não fez nada? Aaah! Essa menina não se mede nunca. Quando ela terá juízo.
Guh: - Eu estava de olhos fechados orando nem a vi se aproximando. Milla pega o álcool, por favor?
Milla: - Claro Guh.
Guh: - Ah, por favor, trás também um pouco de gaze e curativos?
Milla: - claro Guh.

Comecei a fazer o curativo na cabeça dela. Ela era tão linda. Ate desacordada. Queria ter ela sempre para mim. Poxa não agüento mais ficar longe dela. Eu a amo mais do que tudo nessa vida.  Passei um pouco de álcool perto de seu nariz, para ela acordar. E comecei a falar perto de seu ouvido.

Guh:- Amor acorda. Não faz isso comigo minha vida. Eu te amo mais que tudo. Você é o ar que eu respiro. A luz do meu caminho. Sem você não sou nada. Acorda por favor!

Mas ela não respondia. Estava em um sono profundo. Nossa como ela era bela. Continuei colocando o álcool próximo ao seu nariz. Para ela poder acordar. Como estar com ela me fazia bem. Eu amo ela mais do que tudo. Finalmente ela começou a acordar. Seus olhos castanhos mel intensos olhavam em volta. Parecia estar assimilando as coisas. È terei muito a explicar a ela. Isso seria um fato.

Guh: - Amor?

[Ste narrando]

Cair no escuro do subconsciente.  Minha cabeça da voltas em lugares que eu não vi antes, mas ainda sim parecia que eu conhecia. Uma voz, então duas, três. Toda eu conhecia de alguma forma. Estaria eu morta? Mas novamente?! Não acho que seria isso.
Comecei a recobrar a memória. Eu tinha ido procurar o Guh. Fui até o jardim. Ele estava lá. Estava com alguém. Então o baque!  Ele estava com a Jess quase se beijando ou beijando ela. Sei lá.

Sua voz estava mais firme. Ele tava no meu lado. Mas eu não queria acordar. Queria ficar ali escutando a respiração dele. Seu perfume entrava nas minhas narinas. Aaah e claro, álcool. Ele tava tentando me acordar. Mas eu já estava acordada. Ponto para mim! Sempre me recuperei rápido de desmaios.

Guh:- Amor acorda. Não faz isso comigo minha vida. Eu te amo mais que tudo. Você é o ar que eu respiro. A luz do meu caminho. Sem você não sou nada. Acorda por favor!

Aaah! Como a voz dele é sedosa aos meus ouvidos. E essas palavras então na voz dele fazem meu coração palpitar. E que me segurava de olhos fechados era um pouco de orgulho. Afinal preciso de merecimento. Ainda sou boa em teatro. Aff o álcool novamente. Não agüento mais isso. Vou abrir meus olhos.
Guh: - Amor?

Olhei para ele. Seus olhos tinha preocupação, medo e insegurança. Eu sabia que ele não poderia me enganar. Afinal me esperou durante quatro anos e não ficou com ninguém. E claro eu amava demais ele para não perdoar. Mas tive que judiar um pouco dele.

Ste: - Gustavo o que você esta fazendo aqui?
Guh: - Amor, deixa eu explicar. Não aconteceu nada. Você precisa acreditar em mim.
Ste: - Eu não sei disso não Gustavo. Você esta bem confortável abraçando ela.
Guh: - Gente vocês podem nos deixar sozinhos uns momentos?
Ste: - Agora você quer conversar comigo? – olhei zangada, mas com o coração partido.
Todos: - Claro Guh. Se cuida Ste.

Vi as pessoas saindo. E Gustavo olhando para baixo. Aaah! Chega de fazer isso com ele. Fiquei olhando ele. Ele parecia culpado. Poxa como ele pode ser tão lindo assim? Mesmo estando preocupado. O silencio já estava me incomodando. Ele mais uma vez para ele. Então me levantei da cama. Fui ate meu criado e peguei meu diário. E de dentro peguei uma foto. Na verdade, era foto do nosso primeiro encontro.  Ele só ficou me olhando.

Ste: - Você lembra-se desse dia? Foi quando saímos pela primeira vez como namorados.

Ele olhou para mim. E ficou me encarado. Sorriu de leve.

Guh: - Claro que lembro Ste. Como posso me esquecer disso. Pode ter sido há cinco anos atrás, mas me lembro perfeitamente de cada detalhe. Do cheiro da pipoca. E do vento em meu rosto. Que também trazia seu doce perfume. Que é o mesmo de hoje ainda.  
Ste: - Guh, sabe que eu nunca pensei que você estaria me traindo. E justamente com a Jess. Sei que fui um pouco nervosa quando acordei, mas estava apenas brincando meu amor. Afinal sou a sua noiva prometida.
Guh: - Ainda bem que você sabe minha vida.  Ste queria te pedir uma coisa.
Ste: - Diga amor.
Guh: - Eu te pedi em casamento, e agora somos noivos. Mas não agüento mais ficar longe de você. Vamos nos casar mês que vem?
Ste: - Mas para que tanta pressa, Guh?
Guh: - Tenho medo de perder você. Por isso quero que você seja minha esposa. Não posso mais viver sem meu ar longe de mim.
Ste: - Nossa Guh. Você sempre tão perfeito. Também não quero te perder, amor da minha vida.

[Desconhecido narrando]

Des1: - Você sabe que se passou muito tempo não é verdade?
Des2: - Sei sim. Esta na hora de fazermos algo para acabar com a felicidade dela.
Des1: - Então você concorda que devemos voltar não é verdade?
Des3: - Ela ainda não pode saber que estaremos voltando.

Des2: - Faremos uma grande surpresa para aquela perdida.
Des1: - Ainda não me conformo por aquela traição dela.
Des3: - Não se preocupe. Uma vez dentro sempre dentro. Já disse isso Irma.
Des2: - Vamos fazer comemorar nosso retorno. Ainda mais com uma ajuda extra, né Irma?
Des1: - Bom vamos logo. Temos que arrumar um monte de coisas.
Des2 e Des2: - Certo.

Arrumamos todas as coisas. Fazia muito tempo que não pensava nesse assunto. Decidimos apagar metade de nossas vidas. Queríamos apagar aquele erro de nosso caminho. Aquela vergonha. Maldita traidora. Ninguém suportava pensar nela. Mas os tempos mudaram. Agora esta na hora dela receber o que merece. Desgraçada.

Des1: - Terminaram? Sinto que temos que andar logo.
Des2: - Sim. Mas aquela visão de uma ajuda lá é verdade mesmo?
Des3: - Você ainda duvida?
Des2: - Claro que não.

Sentimos o perfume das ofertas. Estávamos precisando partir logo. O tempo estava curto. Nossa informante havia dito que esta tudo acontecendo muito rápido. Nossos planos era quebrar e acabar a vida dela para sempre.

[Ste narrando]

Voltamos para a festa. Todos estavam parados. E olhando para mim. Aaah poxa não gosto de preocupá-los. Sorri para todos. Eles suavizaram suas expressões de preocupação. Sentir que todos ainda estavam um pouco tensos.

Ste: - Gente tudo bem. Só foi um simples desmaio.
Ana: - Esta tudo bem mesmo, Ste?
Ste: - Sim Ana. Tudo bem sim. – sorri.
Ester: - Você dá susto demais em seus amigos, Ste. – riu e o clima tenso acabou.
Ste: - Ah! Não foi minha intenção. – sorri timidamente.
Jess: - Ah Ste. Eu sou estava abraçando o Guh e só quis sentir o gosto dele. – gritou do fundo da sala.

Todos param e viram para olhar para ela. Ela simplesmente estava com um sorriso de todo o tamanho no rosto. Mas eu só vi o Cello se levantando e indo em direção a ela.

Cello: - Jess, por favor, eu te peço que se retire. Você no momento não é bem vinda aqui.
Jess: - Tanto faz!

Ela saiu. E simplesmente andou. Nem olhou para trás. Todos estavam perplexos. Olhávamos uns para os outros e não sabíamos o que dizer.

Cello: - Desculpa Ste. Não devia ter feito isso. A casa não é minha. Mas não me agüentei.
Ste: - Ah! Que isso Cello. Essa casa também é sua. E não foi nada. Antes você do que eu. Eu teria feito pior confesso.
 


A festa terminou. Todos foram para suas casas. Bem mais um dia de gloria não foi? Tudo estava perfeito. Mas eu sentia algo ia acontecer. Às vezes temos essa sensação de que algo ou uma ansiedade, de que vai acontecer. Mas tudo bem tudo que foi acontecer vai ser o melhor possível.

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