Autoras: Aline Sales e Hindaya Fontenelle. Com a participação de Taina Ramos (primeira temporada)

13 Capitulo - Tentada

Mas uma vez Deus havia mostrado o seu amor por mim. Não sabia como Ele me trazia essa paz. Mas no meu mais profundo tinha respostas. Hoje é meu aniversario de 18 anos e ganhei muitos presentes. Ganhei a te uma festa surpresa na igreja. Tudo feito por Gustavo. Assim agora Gustavo é meu namorado. Outro presente dado por Deus. Minha vida tinha mudado muito, mas hoje sim eu sou realmente feliz. Nada mais eu sentia falta estava cercada de amigos, e apesar de tudo também tinha a certeza que minha família também se renderia ao meu Senhor Jesus Cristo.

Antes que na minha vida era festa teve que ser quebrado em um acidente para assim eu mudar. Minha vida de bebidas e perdições transformadas e restaurada para a grande comissão do Senhor. Antes eu um drogada, hoje um transformada pelo Espírito Santo de Deus. Não posso dizer que não tenho o melhor. Pois a cada dia Deus me da o melhor.

- Ste, pensando na vida, minha menina?
- Oooh, pastor Andre não vi você chegando. Que susto! Mas sim, pastor tava pensando sim. Estava me lembrando do meu acidente, e de como Fo preciso eu sofrer um pouco para depois ter essa alegria.
- Verdade filha. Mas lembre-se o que a bíblia nos diz: O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manha. Aproveite sua manha, pequena.
- Sim pastor. Pastor, eu posso te fazer uma pergunta?
- Claro minha jovem.
- Pastor, como foi o seu chamado? O seu chamado para ser pastor? Como foi?
- Bom, foi especial apesar de simples. Eu estava caminhando em um congresso quando comecei a sentir a minha vocação. Simples né? Mas foi a coisa mais forte que eu sentir, depois, eu entrei no seminário.
- Humm, pastor. Obrigado
- Minha pequena Ste você não voltou à vida varias vezes em vão. Faz o que você tem que fazer. Seja feliz viu linda.
- Obrigado pastor.

Meu pastor era como meu pai. Ele e sua esposa, a Irma Marie, eram muito bons, às vezes dormia na casa deles quando minha mãe surtava, e queria me fazer algo. Foi o pior período, mas eles sempre estiveram no meu lado.

Noite estava terminando, meu dia havia sido perfeito. Minha festa a coisa mais linda do mundo. Há muito tempo não tinha uma festa tão linda para mim. Estava indo embora. Gustavo não pode me acompanhar. Tive que ir sozinha. Mas eu não tinha medo, estava cedo e minha casa não era longe da Igreja.

- Stephanie? Stephanie Gabrielly?
- Marcello?
- Nossa como você esta linda. Os anos ti fizeram muito bem. Não como você não fosse linda, mas agora você esta espetacular. Por onde você andou?
- Obrigado. Você também esta lindo. Aah estava na igreja. Sempre servindo a Deus.
- Igreja? Humm.. Vamos tomar um refri? Minha conta.
- Ta certo. Vamos. Não é sempre que Marcello paga a conta. - rsrs

O caminho para a lanchonete não foi muito longo. Por sorte minha mãe tinha comprando uma casa no meio de tudo. Isso era sempre muito bom. Não perdia tempo par ir aos lugares. Na lanchonete, minha maior surpresa.

- Marcello? Você não disse um refri?
- Aaah Ste deixa de ser careta Não isso que você sempre me dizia? Bebe um pouco de cerveja, vai.
- Não! Me de licença.

Sair correndo da lanchonete, estava mais tarde. E o clima começou a ficar frio. A noite não tinha estrelas hoje. E me sentia perdida. O caminho estava triste. Eu estava triste. Como Marcello pode ter mudado tanto assim? Será que ele não aprendeu nada com meu acidente? Com as mortes dos meus amigos?

As horas pareciam ter voado e quando percebi já eram quase onze da noite. Mas como isso tinha acontecido?  Não entendia como as horas havia indo tão depressa. Mas se foram. Quase não tinha ninguém mais na rua. Estava totalmente só nela.

A lanchonete era um pouco longe de minha casa. “Nossa como eu sou burra. Não devia ter aceitado o convite do Marcello. Agora esta mega tarde e estou vagando só pelas ruas. Burra. Burra. Você é extremamente burra Stephanie.” Minha cabeça da voltas enquanto eu caminhava. Já deveria estar em casa. Minha mãe ira surtar verdadeiramente hoje.

Bom, agora só faltam duas quadras ate minha casa, mas acho melhor pegar um atalho irar diminuir metade do percurso. Vou pelo beco da casa do Sr. Gonçalves.

A casa do Sr Gonçalves era mais que uma simples casa. Todo mundo sabia que ele era um cafetão na cidade e na casa dele sempre tinham varias visitas de homens. Como todos também sabiam as únicas que entravam, mas não pagavam eram mulheres. Bom eu acho que nunca comentei com ninguém que foi aqui que pedir minha inocência. Faz tempo que não passava por aqui, mas se quero chegar cedo a casa é melhor ir por lá.

- Olá Ste, quanto tempo hein? Veio se divertir um pouco? Quer provar de novo a aquela sensação que você teve há cinco anos atrás?
- Felipe.
- Lembra ainda de mim? Nossa não sabia que eu ainda te fazia sentir prazer. Mas você esta uma gata, Ste. Vamos entrar? Eu pago.

“Burra. Burra. Extremamente burra.” Minha consciência gritava comigo. Como fui tão burra assim? Mas agora é tarde.

- Como poderia esquecer Felipe. Você se aproveitou de mim quando estava bêbada e quando era apenas uma criança. Como você pode ter sido tão canalha assim hein?
-Ah Ste você veio por conta própria. Não te forcei a nada que você não queria. Mas hoje não sei disso. Você é tão linda. Não quero perder essa chance.
- Se afaste Felipe!

Os braços dele era forte demais. Tudo nele era forte. Extremamente forte. Não conseguia me livrar daquele abraço forte. Minhas pernas não obedeciam. Queria gritar, mas o grito ficou preso em minha garganta. Não! Não pode ser. Logo agora quando eu ia ser feliz com o Gustavo. Não no meu aniversario. Ate que meu peito doía. Já estávamos dentro da casa. Mas ninguém nos impediu de entrar. Estávamos dentro de um quarto quando ele me soltou, trancando a porta logo a pós.  Foi então que eu sabia. Seria consumada novamente a perda de minha inocência perdida. Que sensação estranha.
Não queria que isso acontecesse. Minha alma estava se despedaçando. Sabia que não poderia ser mais digna de Gustavo. Teria que sair de sua vida.  Não poderia jamais deixá-lo e olhá-lo depois disso. Meu coração doía. Estava em desespero. Clamava para Deus para me ajudar. Sabia que ele me ajudaria.
Uma pancada.

-Solta ela Felipe. Agora.
- Aff, Marcello, você?
-Solta ela agora!
- Marcello! Me ajuda.

Foi então que eu vir o Marcello indo para cima de Felipe com o punho fechado. Eu ate sentir o impacto de seu punho no rosto de Felipe. Então Felipe saiu de cima de mim. Pena que eu havia perdido uma ótima blusa nessa confusão. E dava para ver meu busto todo. Foi quando Marcello me ofereceu sua jaqueta e saímos da casa. Sentir que foi Deus que fez ele entrar na casa e socorrer.

- Obrigada, Marcello.
- Não me agradeça Ste, isso tudo foi minha culpa. Se não tivesse te deixado zangada, você não teria saído sozinha. E então não teria vindo parar lá.
- Desculpa, Ma. Serio mesmo.
- Vamos para casa Ste. E esqueceremos isso.

O caminho foi mais calmo, tudo estava bem agora. Quando chegamos à frente de casa. Estava tudo escuro, ou seja, minha mãe ia dormir fora hoje.  Com quem sabe lá.

- Obrigado Marcello
- Disponha minha dama.
- Bobo, rsrsrs.
- Foi uma ótima noite Ste. Foi bom revê-la.
- Digo o mesmo Marcello.

Ele estava se distanciando, quando me deu no meu coração a sensação de que tinha que chamá-lo, tinha que gritar ele.

- Marcello?
- Sim Ste.

Sair correndo para encontrá-lo. Meu coração gritava. Eu tenho que fazer isso. Tenho que fazer. Não a outra oportunidade. È agora ou nunca.

- Marcello você iria comigo sábado na minha igreja?
- Ta Ste. Que horas?
- As 20 ta bom?
- Sim. Estarei lá.

Então ele se foi. Em seu caminho.
Entrei dentro de casa. Mas nunca havia estado tão feliz, como hoje.
Então eu fui dormir como se tivesse sido uma vencedora. Foi quando eu tive meu sonho.

“ Ste, hoje você foi tentada, prepare-se coisas piores virão para você. Mas você já é vencedora.”

E voltei para um sono profundo.

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