Autoras: Aline Sales e Hindaya Fontenelle. Com a participação de Taina Ramos (primeira temporada)

14 Capitulo - Ungida

Mais um dia de minha vida. Levantei tarde hoje. Não fui à praça ver o amanhecer. Os acontecimentos de ontem me deixaram um pouco assustada. Assustada? Isso é pouco
Se não fosse o Marcello nem sei o que seria de mim. Em falar em meninos tenho que conversar com Gustavo. Mas por agora acho que vou escrever no meu presente de Irma Mary. Nunca tive um diário, mas acho que posso ser capaz de escrever um.

Quando eu estava indo para a cômoda, meu celular toca.

- Alo?
- Alo Ste. Tudo bem?
- Sim, Guh. Como você esta? Senti saudades.
- Também sentir minha linda. Vamos sair hoje a tarde para tomar um soverte?
- Tudo bem. Você passa aqui em casa e eu te espero
- Esta bem, linda. Ate depois.
- Ate Guh.

Nossa acabei me esquecendo de comentar o que aconteceu comigo ontem. Mas foi melhor assim. Esse assunto tem que ser dito cara a cara. Tenho medo do que ele pode fazer com o Felipe. Gustavo sempre foi muito educado. Mas ele sempre tem um dom de super proteção com ele ama. E claro Gustavo me amava. Eu sentia isso. Sentia que iria me afogar em tanto amor. Meu coração explodia, minha alma cantava de alegria.  Minha vida tinha mais sentido agora. Finalmente começava a colher os bons frutos do serviço de esta perante no altar do Senhor.

Liguei o som. Uma de minhas manias. Como minha mãe tinha sumido novamente eu teria que arrumar a casa. Ai vem a minha mania. Ligo o som e arrumo tudo ouvindo musica. Amo isso. È somente assim que tenho um pouco de paz dentro de casa. No som passava uma musica linda... “Second Chance, Hillsong” a minha musica. Nunca me sentir tão viva depois que eu ouvir essa musica. Eu sou uma amostra do grande poder de Deus. Tinha morrido duas vezes e ainda sim tive minha segunda chance.

O tempo passou rápido. Quando percebi já estava quase na hora de Gustavo vir me buscar. Fui correndo para o banheiro tomei um mega banho. Me arrumei. Queria ficar linda. Queria que Gustavo sentisse orgulho de mim. Vesti uma saia rodada lilás, e uma blusa branca e levei um casaquinho para mais tarde. Passei um perfume. E foi quando sentir o chão rodar. Minhas vistas ficaram escuras. E eu comecei a cair. Cair. Cair.

Estava caindo e não sabia onde. Não havia nada ao meu redor. Só a queda. Parecia que não ia ter fim. Eu estava caindo. Caindo mais fundo. Ate que parei de cair. E estava no meio de trevas. Treva me cercava.

- Ola, Stephanie. Minha pequena traidora.
- Você? O que você quer comigo. Não sou mais nada sua. Agora sirvo ao Deus Vivo.
- Bla, bla, bla! Você só sabe falar dele? Não importa. Só conseguir chegar a você, hoje pelo sangue que minha Juliana derramou em um pequeno sacrifício. Quero que você saiba. Você é ainda minha.
- Jamais!

Então eu vi uma luz descendo. Era uma luz forte. E eu já sabia quem era. Pois eu vi o medo na cara de Satanás. Sabia que era o meu Deus Vivo que estava vindo para me socorrer, mais uma vez. A voz somente disse:
- Eu te dei autoridade Ste, de pisar em serpentes e escorpiões. Eu te dei autoridade para os principados e as potestades terem medo de você. Eu te dei tudo isso, por que você é minha ungida. E ninguém. Ninguém toca em meus ungidos.

Então a luz foi de encontro ao ponto principal de trevas e cercava aquele que tinha dito as aquelas palavras de afronta. E se ouvia gemidos. E se tornava um som gutural. Um som animalesco. Então eu voltei para meu quarto. Essa cena parecia um sonho, na minha memória. Eu ainda estava em pé me arrumando, como se eu só tivesse parado por um segundo.

Gustavo chegou. E fomos para a sorveteria. Estava um pouco perplexa. Primeiro eu quase sou violada. Depois sou abduzida por Satanás através do sangue de minha mãe. Meio louco. Meio? Totalmente louco. Mas nada disso importava agora. Estava feliz por estar no lado de meu grande amor. Ele me dizia lindas palavras. Palavras que me deixava vermelha.

-Ste te amo!
- Também amo você Guh.

A noite chegou, e estávamos voltando para casa. Que ainda continuava escura. Minha mãe ainda não tinha chegado. Onde será que ela pode estar? Estava preocupada com ela. Principalmente depois daquele sonho, quase real.

- Guh, você pode entrar comigo?
- Claro Ste.
- Sei La, Guh. To com uma sensação ruim. Tem dois dias que minha mãe saiu. E ainda não apareceu. E tem coisas que eu queria te contar.
-Tudo bem, Ste.

Contei tudo para Gustavo. E ele escutava com toda a sua atenção. Ele me olhava preocupado. E me escutava. Deixou-me falar tudo. Com toda a paciência de seu coração. Sabia que isso matava o coração dele. Ate que ele falou...

- Ah Ste. Isso tudo é culpa minha. Se eu tivesse vindo com você. Nada disso teria acontecido. Isso é culpa minha. Somente minha.
- Não Guh. Isso é culpa minha na verdade. Se eu não tivesse saído com o Marcello e não tivesse sido doida, o suficiente para depois sair da lanchonete sozinha isso nada teria acontecido.  Mas tem uma coisa boa: O Marcello aceitou meu convite para ir à Igreja. E isso me deixa bem feliz.  Acho que foi por isso que tive esse sonho. O inimigo sabe que vai perder e quis-me por medo.
- Pode ser Ste.

Então Gustavo me beijou. Foi um beijo doce. Nesse momento me lembrei como eu beijava quando tinha doze anos. Eram beijos quentes. Cheios de carnalidade. Eram cheios de fogo. Isso me queimava por dentro. Então vinham os toques mais íntimos. Vinham os agarramentos. E um dia veio à pior burrada de minha vida. Mas com Gustavo era diferente. Eu sentia atração por ele. Eu sentia meu corpo desejar o dele, ma era só isso. Eu sentia, mas o beijo dele era tão doce, que só me mostrava amor. Amor. Era somente o que eu sentia por ele nesse momento. Gustavo me respeitava. Eu o respeitava. E simplesmente nosso amor aumentava.

-Tchau Guh.

Então ele foi embora. Mas com ele ia um pedaço de meu coração.

Foi deitar depois de minhas orações. E sonhei coisas lindas.
A noite foi calma por fim. E o amanhecer foi lindo. A praça simplesmente estava perfeita. Estava com um aroma de campo e verão. A brisa era fresca e agradável, seria definitivamente um dia agradável, por fim. Tudo estava bom.

Voltei para casa, e ainda não tinha noticias de minha mãe. Meu coração se apertava.  Ela simplesmente tinha sumido, sem um telefonema, sem nenhum bilhete, sem nada. Foi então que eu tive que entrar no quarto de minha mãe. Algo me impulsionava para ir para lá. Era uma suíte luxuosa quando compramos a casa, mas agora era tudo menos um quarto. Parecia um lixo.  Havia varias imagens de sabe se lá o que era ou de quem era. Marca e símbolos escritos nas paredes estavam aos montes, todos escritos em preto. E o mais impressionante era, o cheiro forte dentro do quarto. Antes eu pensei que era outra coisa, mas depois foi se acentuando.  Se intensificando. Foi então que eu percebi que era cheiro de sangue. Sim sangue. Havia sangue então o quarto. Na cama, nos moveis, nas paredes e no chão. Era quase impossível ver algo sem sangue no quarto. O quarto tinha um cheiro perturbador de sangue. Fui ate o guarda roupas de minha mãe, e então eu vi.

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