Autoras: Aline Sales e Hindaya Fontenelle. Com a participação de Taina Ramos (primeira temporada)

6 Capitulo - O acidente

O melhor dia. Nunca mais pretendo ver a cara daquela idiota que eu um dia pude chamar de mãe. Nunca pensei que os encontrariam, verdadeiros amigos que poderiam
me consolar, fazendo uma festa. Hum, e aquele panaca do Marcello, aff, ele é um bobão, só sabe me dizer palavras boas, achando que aquilo vai me fazer algum bem.

- Ste, oque houve, você tão quieta aí, pensativa é? – diz Gabriel
- Não, não

Peguei uma bebida lá qualquer, e num quis nem saber, ENTORNEI! E na mesma hora vi uma imagem da minha mãe, sofrendo por não ter notícias de mim. Não quis nem saber, continuei rindo e bebendo com meus amigos dentro do carro. Até o Gabriel que estava no volante estava bebendo. Me senti tão segura, como se fosse alguém me guardando ali, porém uma preocupação tomava conta de mim, mais eu olhava para todos, e os meus amigos rindo, e conversando... Oque seria aquilo que não me deixava em paz? uma preocupação sobrenatural tomava conta do meu peito ...
Imaginei que aquilo tudo fosse da minha cabeça, continuei bebendo e rindo, quando...

- Gente o que é isso? – diz Gabriel em um tom medonho.
Todos se assustam:
- O que Gabriel?
- Aquilo... No céu!
Todos riram de Gabriel
- Você está surtando! – Disse Mariana com uma risada irônica

Gabriel perde sua atenção no volante, não conseguia tirar os olhos daquela coisa que ele diria estar vendo, e do nada um barulho no meio do silêncio...



Todos sangrando, e só eu poderia ver aquela cena. O cara do caminhão que tinha acabado de bater no nosso carro estava ali, morto, e todos os meus amigos desmaiados ali dentro do carro. Eu também estava desmaiada, mais eu não sei o que acontecia comigo, podia ver tudo à minha volta, e todos ao meu lado. Um pedaço de carro amassado, os vidros quebrados... Vultos pretos ao meu redor, ao redor do carro e do "tiozinho" do caminhão.

O que seria aquilo?
Eles puxavam algo de dentro dos meus amigos, e eu sem entender nada entrava em desespero. Puxavam a todos, menos a mim. Tudo ao meu redor ficou escuro, como se só houvesse eu ali, mais eu sabia que meus amigos estavam ali ao meu lado, e eu sei que eles estavam desmaiados! E quando uma coisa daquelas chegou perto de mim vi uma luz, uma pequena luz bem lá no fundo me chamando. Não sabia o que significava, e tentei ir ao encontro daquela misteriosa luz, mais toda vez que eu tentava ir, o vulto me puxava, e eu percebia estar cada vez mais distante dela.

Cheguei a um lugar escuro, cheio de fogo ardente, com um cheiro insuportável de enxofre. Ouvi muitos gritos, vi muitas pessoas sendo chicoteadas, e só de ver aquilo minha vontade era chorar... Sim, chorar! Me encontrei com os meus amigos, ali naquele lugar e só ali já pude contemplar o início do sofrimento deles. Perguntei a um que estava me levando até lá, mais eles nunca me respondiam. Me jogaram e caí ali sentada, e saíram. Me deixaram ali sozinha, e eu fui tomada pelo medo. Ouvia pessoas pedindo socorro, misericórdia, perdão a Deus. Deus? Não, acho que não era o mesmo que minha avó e minha mãe serviam.



No mesmo momento me lembrei de uma mulher que tinha me falado sobre Ele. Uma evangelista que me disse coisas maravilhosas, e inclusive que Ele era piedoso, misericordioso, e que se nós quiséssemos, Ele também era o nosso socorro. Comecei ali a clamar por esse Deus, que ali naquela hora me deu uma grande vontade de conhecê-lo. Entraram uns vultos na sala onde eu estava, e começaram a me bater, e quanto mais me batiam, eu chamava:
- Deus, Deus! Em alto e bom som. 

0 comentários:

Postar um comentário