Autoras: Aline Sales e Hindaya Fontenelle. Com a participação de Taina Ramos (primeira temporada)

8 Capitulo – O novo Começo



Caminhei um bom tempo com aquele homem até chegar ao meu corpo novamente. No caminho conversei bastante com Ele que me deu novos ensinamentos para minha nova vida na terra. Me ensinou que devo orar, jejuar, ler e praticar a Palavra de Deus, e que devo pedir mais ensinamentos através do oração para contribuir com o grande futuro que Ele disse ter pra mim. Finalmente chegamos ao quarto do hospital, e ali vi minha mãe chorando e lamentando, dizendo ser meu fim.

- Vai filha, pode ir, faça tudo conforme eu lhe disse, e não se esqueça de guardar os meus mandamentos.

E conforme ele disse, eu fui. Entrei para dentro de mim. Comecei a respirar, e me dei conta de que eu não precisava mais de aparelhos e nem de oxigênio hospitalar. Abri os olhos e vi minha mãe com a cabeça apoiada em minha barriga.

- Mãe não se preocupe, eu estou aqui. Eu estou viva, mãe!

Nossa, a primeira vez em que me emociono ao lado dela. Choramos muito, e ela me perguntou o que havia acontecido. Contei tudo pra ela, do início ao fim. Minha mãe foi na porta chamar o médico.



- Doutor, eu acho que o senhor terá que recomendar uns medicamentos para Ste. Ela está com distúrbio.
- Não mãe, eu estou bem, e estou falando a verdade!
- Filha, você não está bem. Deve ter batido a cabeça durante o acidente. Doutor, por favor, faça um exame cerebral nela o mais rápido possível.

Lutei contra a vontade dela, tentei não fazer o exame, mais ela cismava que eu estava com algum sintoma de loucura. Realmente, aquele homem disse que muitos não acreditariam. Mais ela tem que acreditar, senão ela vai pro inferno! - Pensei, em estado de desespero.
O doutor aplicou uma injeção com calmante em mim para fazer o exame. Fiquei desacordada por algumas horas, quando acordo ouvindo a conversa dele e da minha mãe.

- E aí doutor, a Ste tem alguma coisa?
- Felizmente não. Ela está em ótimas condições cerebrais. Ela não tem nada! Vou só anotar umas coisas, e ela já pode ir pra casa.
E eu acordando disse: - Eu disse mãe! Eu não tenho nada, eu te falei a verdade, eu cheguei ao inferno e...
- E mais nada Stephanie! Chega com esse assunto, vamos já pra casa. Eu não quero ouvir você falando de Deus e diabo novamente!

Chegamos a casa, e eu estava exausta daquele hospital. Minha mãe ficou o tempo todo emburrada comigo, porque eu falei o que havia acontecido pra ela. Eu tentava puxar assunto, mais ela não queria saber, sempre dizia que não quer me ouvir falando de Deus. Eu queria sair um pouco. Mais pra onde eu iria? "meus melhores amigos" estavam mortos, e eu não tinha mais ninguém pra falar.



- Triiiiiiiiiiiiiiim. - O telefone toca.
- Alô... - A mãe de Ste atende.
- Alô, tia Ju? Oi sou eu, Marcello, posso falar com Ste?
- Alô... - Atendi, sem saber quem era.
- Alô, Ste, eu fico feliz em saber que você foi a única que sobreviveu àquele acidente. Cara, eu pensei que eu iria-te perder pra sempre. Nunca pensei me preocupar tanto com você.
- Ah, obrigado pela preocupação. Mais quem está falando?
- Não reconhece mais a minha voz, Ste? Que isso? Aqui é o Marcello!
- Oi Marcello *-------------*, cara que saudades, eu pensei que você nunca mais fosse querer falar comigo por causa das minhas besteiras.
- Não que isso. Eu nunca te deixaria por nada. E ai, vamos sair pra algum lugar?
- Ah, eu não to a fim de sair não. (Na verdade eu estava, mais eu sabia que ele iria querer me levar pra lugares carregados, e eu não queria mais isso pra mim)
- Ah, que isso Ste! Eu ia te levar pra um igr...
- Igreja? Vamos. É aonde eu mais quero ir.

Me arrumei rapidamente e passei na casa de Marcello para irmos. Ele foi me levando, pois eu não sabia o caminho. Chegando lá, vi na frente da igreja várias imagens de escultura, velas... Mais não era isso que eu estava pensando.

- Mais Marcello, agente não ia a uma igreja?
- Sim, Ste. Aqui está. Por quê? Não quer ficar mais aqui?
- Não. Eu pensei que era uma Igreja Evangélica.
- Ah, Ste. Fala sério, vai dizer que tu vai querer virar uma crente agora!?
- Sim, Marcello ! E se você não for eu vou sozinha.

Fui andando pelas ruas, e não achei nenhuma Igreja. Até que vi uma moça de saião e uma bíblia na mão. Sim, era a mesma moça que havia me evangelizado antes do meu acidente.

- Moça, com licença, a senhora está indo a uma igreja?
- Sim minha filha.
- Por favor, me leva junto? Eu preciso ir.

Finalmente, eu iria conhecer uma Igreja de verdade.


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