Autoras: Aline Sales e Hindaya Fontenelle. Com a participação de Taina Ramos (primeira temporada)

4 Capitulo - Marcello e Camila

[Stephanie narrando]

Cheguei a casa com Guh, e encontrei o Cello sentado na guitarra. (Sim as pessoas que eu mais amo sabem tocar instrumentos, :p) Os acordes que saia da guitarra era suaves e ao mesmo tempo profundo. Mas o mais importante é que Cello não tocava a muito tempo, se eu me lembro bem desde do acidente, ele era membro de banda com um dos meninos que morreu no mesmo acidente que eu sofri. Desde então ninguém nunca mais viu o Cello tocar. E sinceramente eu pensava que ele nem sabia tocar mais. Era tão fofo tocando.

- Lindo Cello.
- Que susto Ste. Desse jeito tu me mata.
- E ae mano?
- Bem e você?
- Ótimo

Guh saiu do meu lado e foi logo sentar ao lado de Cello, para falar de acordes. Os tais de ‘sol a sétima’ e ‘fá sustenido’... Eram muito engraçado eles falando de musica. Bom eu entendia um pouco do que eles falavam, já que eu era membro do ministério de louvor.

Mas mesmo assim deixei os dois falando sozinhos e fui para conzinha fazer umas comidas. Mas ai, eu tive a idéia de chamar a Milla para almoçar conosco. (rsrs) O Cello vai amar essa idéia.

- Alo Milla?
- Sim quem fala?
- Ste. Milla queria saber se você quer vir almoçar aqui em casa?
- Huum. Seria bom Ste. Já estou chegando. Beijos.
- Beijos.

[Camilla narrando]

Essa ligação me pegou de surpresa. Será muito bom ver o Cello. Faz tempo que eu não o vejo. Ou melhor, eu mal o vejo na igreja. Todo dia ele esta lá, mas quando vou procurar ele já saiu. Não sei o que esta acontecendo com ele. Sinto que ele mudou comigo desde daquele dia que eu falei do Felipe. (Nota: Esse é o mesmo Felipe que tirou a virgindade de Ste.) Será que eu chateie o Cello aquele dia.

Ele nem soube que eu terminei com Felipe, três dias depois.

[...] – Aah Milla deixa de ser besta. Só quero te mostra como é bom.
Ele me beijava com muita força. Nem parecia ser o mesmo que antes era tão carinhoso. Ele me dava amasso picantes, as mãos deles percorriam meu corpo, ele apalpava tudo, e eu sentia que seria hoje que eu perderia a minha virgindade. Dava um frio na minha barriga. Será que é realmente bom mesmo? Oh! Senhor no que estou pensando.
- Felipe me deixa, ok? Não quero fazer e pronto. E peço que me respeite!
- Deixa de ser besta Milla. Prometo que serei carinhoso com você. E você nem vai sentir tanta dor assim.
- Não Felipe. Só vou fazer isso com meu marido, como manda a Bíblia e Deus.
- Ah, lá vem você com essa historia de Deus e igreja. Me poupe só hoje ‘amor’.
- Não Felipe. Me solta.
- Que seja então. Não me procure mais viu Camilla?
- Não vou Felipe. Hoje eu vi que você não presta. Adeus [...]

Nossa como fiquei chateada com tudo aquilo. Não queria que fosse daquele jeito. Mas foi melhor assim. Felipe não era de Deus para mim. Sinto um pouco de inveja de Ste e Guh. Todos vêem que eles são um casal abençoado. Feitos um para o outro. E eu nunca tenho sorte disso.

Ah! Mas deixa isso para lá. Vou me arrumar tenho que esta apresentável, por que do jeito que eu estou aqui estou deplorável.

[Stephanie narrando]

- Gente o almoço será lasanha. E teremos convidada.
- Que convidada Ste? – disse Cello.
- Surpresa para você, Cello. – pisquei e sai da sala.

Vi que ele vinha me seguindo. Era tão engraçado. Mas a minha cara também denunciava meus planos.

- O que você fez Dona Stephanie Gabrielly?
- Ah! Nadas para ser chamada de velha desse jeito.
- Como nada Ste? Quem você ta trazendo de convidada? E não me diz que é surpresa. Eu te conheço sei que você ta aprontando. Você pode ser mais madura e cristã, mas sua cara de travessuras continua a mesma.
- Nossa Cello. Que horror. Ta bom eu digo. Quem ta vindo é a Milla.
[Marcello narrando]

Depois que a Ste disse que era a Milla que estava vindo, não escutei mais nada.
Eu havia me afastado dela, para poder sobreviver a minha desilusão com ela. Ela tinha um ficante. E eu não tinha chances com ela.
Eu ia na igreja, mas assim que o culto acabava, vinha embora. Não podia agüentar vê-la e não pode ter-la. Sofria em silencio por quatro meses. Nunca gostei de ninguém assim como eu gosto dela. Ela é única.

Desde então tenho cuidado mais da minha vida cristã. Eu aceitei Jesus a três meses e meio. E em breve estarei me batizando nas águas. Comecei a treinar uns acordes na minha velha guitarra. Tinha vontade de fazer parte do louvor da Igreja.

Minha vida esta totalmente mudada. Mas só me faltava uma coisa: Milla.
Sempre orava para que Deus pudesse me dar uma luz em relação a isso, mas não tinha nada, apenas o silencio de Deus. E com passar do tempo, o que eu sentia só aumentava.

Meus pensamentos foram quebrados com aquela voz. Poderia conhecer cada tom e nota que saia daquela voz há quilômetros. A voz dela era linda. Suave como ela.

Fui para sala, e vê-la era simplesmente como um sonho. Ela ali tão perto e ao mesmo tempo tão longe era uma tortura. Seus olhos eram como dois lagos. Profundos. Únicos. Ternos e compreensível. Poderia me jogar neles e nunca mais voltar mais. Me afundar na imensidão de sua beleza.

- Oi Cello. – ela me disse, quase morro.
- O..o..oi Milla.

Ela sorriu e nesse sorriso seria capaz de tudo. Eu a amava. Isso era a maior verdade naquele lugar.

- Como vai você, Cello?
- Vou bem. E você? - perguntei com um sorriso de orelha a orelha.
- Estou bem. Cello podemos conversar? - me parecia séria.
- Podemos sim, porque não? - sorri tentando disfarçar a curiosidade de saber o que ela queria me falar.
-Opa, sobrei aqui. - Ste brincou e foi andando em direção a cozinha.
- Boba. - sorri.
- Cello nós almoçamos aqui e depois vamos para minha casa, pode ser? - piscou para mim e eu correspondi.

Almoçamos, conversamos, brincamos e depois fui levar Milla em casa.
- Ste, obrigada pelo convite, eu simplesmente amei! - segurava as duas mãos de Ste.
- Ah, se vocês passarem mal, a culpa não é minha, ok? Eu não sou boa cozinheira!

Cairam na gargalhada e depois nos despedimos de Guh e Ste .

-Guh, eu não sei por que, mais eu ainda acho que esses dois vão acabar juntos. - Dizia enquanto fechava o portão de casa.
- Sabia que eu tenho a mesma opinião, Ste?
- Será? - sorriu para Guh e foi andando em direção á ele.
- Se for que nem nos dois, eles estão super bem!

Abraçou Stephanie de frente pela cintura, e ficaram se beijando na sala enquanto Cello estava levando Milla em casa.

- Sabia que eu te amo muito, Guh? - beijava Guh e no intervalo repetia a frase.
- Eu também, meu amor.
- Nós nos amamos, Guh.
- Promete me amar amanhã? - perguntava enquanto acariciava o rosto de Ste.
- Prometo te amar hoje, amanhã e até quando Deus permitir. E você promete me amar?
- Prometo te amar enquanto eu estiver viva, e enquanto eu respirar.

Depois dessas promessas e juras de amor, se abraçaram e ficaram namorando por muito tempo. Enquanto isso, Cello e Milla conversavam no caminho.

- Cello se lembra da história do meu ficante?
- Lembro sim Milla, por quê? - franziu a testa e olhou de lado pra Milla.
- Larguei-o!
- Sé .. sé .. Sério? - Olhou para Milla espantado e acabou se perdendo nas palavras.
- Sério! - Sorriu.
- Que ótima notícia, Milla!
- Pois é.

Marcello respirou aliviado dessa notícia, mais logo depois ficou triste em saber que Milla não sabia que ele gostava dele. Foram caminhando mais um pouco e logo chegaram à casa de Milla.

- Entra! - Milla abriu o portão e pediu para que Cello entrasse.
- Tem cachorro? - começou a rir.
- Tem, tem um cachorrão do teu tamanho! - entrou na brincadeira e os dois ficaram rindo.

Marcello entrou e se sentou no sofá da sala ainda envergonhado. Percebeu que Milla estava sozinha em casa, e sentiu certo receio disso.

- Milla, seus pais estão aonde?
- Ah, Cello, foram viajar hoje cedo. - Sentou ao lado de Cello.
- E eles não vão brigar de você ter-me trago aqui?
- Não, claro que não. Deixa de ser bobo, mocinho.
- Ah, não sei né. Vai que eles ficam chateados, vai saber. - levantou as mãos pro alto em sinal de inocência.
- Não, tá tudo bem.
- Ok então. - Sorriu e olhou para Milla.

Ficaram se olhando por alguns segundos e foram aproximando seus rostos um do outro, quase se beijando.

- Tem certeza que eu posso fazer isso? - suas respirações já estavam ofegantes, e seus corações batiam acelerados.
- Sim, pode continuar Marcello.

Fecharam os olhos, Marcello colocou suas mãos no rosto de Milla, ficou dando vários selinhos e depois a beijou finalmente. Foi um beijo doce, calmo e tranqüilo, porém algo despertou em Milla, não sabia o porquê, mais estava tremendo quando Cello a beijou. Cello tinha as mesmas reações, e depois desse beijo teve a certeza de que amava Milla e era ela que ele queria pro resto da vida.

- Milla.. - tentou falar, mais foi pego de surpresa por Milla, que colocou seu dedo nos lábios de Cello.
- Não precisa falar deixa rolar. - Sorriu e continuou a beijar Cello.

Marcello acreditava estar vivendo um sonho realizado, e Milla uma coisa estranha, não sabia o que tinha acontecido naquele momento, sabia apenas que algo despertou dentro dela, e ela estava contente com isso. Foram se soltando aos poucos, e depois desse beijo entrelaçaram seus dedos e ficaram se olhando por algum tempo. Marcello sorria feitas criança, e Milla o correspondia na mesma intensidade.

- Milla... - abaixou sua cabeça e ficou nervoso.
- O que foi Cello? - perguntou preocupada.
- Preciso te confessar que eu esperei muito por esse momento. - Levantou a cabeça e fitou os olhos de Milla. - E mesmo que você pense que esse beijo não foi nada, eu quero te dizer que pra mim foi tudo. Por muito tempo sonhei com esse momento, com você, com esse beijo. Milla, eu te amo á muito tempo, mais nunca tive coragem de contar pra você. Talvez por medo, vergonha, sei lá, mais agora você já sabe. Milla, você aceita namorar comigo?

Milla não esperava ouvir aquelas coisas, e ficou sem ação ao ouvir essas palavras da boca de Marcello. Seus olhos encheram de lágrimas, e a única coisa que Milla conseguiu fazer naquele momento, beijar Cello. Os dois começaram a chorar, e o mundo parou naquele momento para eles.

- Isso responde sua pergunta? - perguntou ainda sem largar os lábios de Cello.
- Eu preciso ouvir você dizer apenas que sim.
- Sim, eu aceito! - Soltou Cello o abraçou e falou isso ao pé do ouvido dele.
- Obrigada, obrigada, obrigada!

Marcello nunca havia ficado tão feliz em toda sua vida, com certeza esse momento ficara para sempre em sua vida, pois o que ele almejava, acabara de ser entregue em suas mãos. Marcello não falou nada, mais em pensamento agradecia á Deus sem parar por ter conseguido tudo o que ele mais queria. A hora foi passando e Cello teve que ir embora. Milla ainda insistiu mais ele não pode ficar mais se pudesse, com certeza ficaria. Se despediram e Milla o acompanhou com os olhos até ele sumir de sua visão, foi só assim que ela entrou. Marcello estava tão feliz, mais tão feliz, que nem ele estava agüentando! Foi embora cantando, pulando e falando com todo mundo que ele via na rua, até as pessoas que ele não conhecia. Algumas pessoas riam do jeito dele, outras o achavam estranho, mais ele mesmo não estava nem ai. Chegou a casa e encontrou Ste sentada no sofá assistindo televisão. Chegou e pulou em cima de Ste, que acabou levando um susto.

- Ficou doido, Marcello? - ria da cara do amigo.
- TO NAMORANDO COM A CAMILA, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - gritou pra todo mundo ouvir.
- Eu não sou surda, Marcello. - Colocou as mãos no ouvido e brincou com o amigo. - Assim você me deixa surda!
- Pois é, to namorando com o grande amor da minha vida. - sorria abobado só de falar dela.
- Tá apaixonado, tá apaixonado (8).

E assim foi durante, um zuando o outro, felizes da vida.

0 comentários:

Postar um comentário