Autoras: Aline Sales e Hindaya Fontenelle. Com a participação de Taina Ramos (primeira temporada)

7 Capitulo – O Fim

Com os olhos fechados , mais ciente do que estava ocorrendo , acompanhei cada detalhe daquele trágico acidente onde perdi meus amigos. Tentava falar, mais não conseguia. Tentei me mover várias vezes, mais não conseguia mais ter poder sobre os movimentos do meu corpo. Eu posso ouvir os gritos e choros das mães de meus amigos, e o desespero de minha mãe a me ver naquela situação. Enfim, eles me colocaram na cama e me levaram para o hospital. Os barulhos de viaturas de policia, e as sirenes me deixavam atormentada, com medo do que poderia acontecer comigo naquele momento...
Ao chegar ao hospital fui direto para UTI. Lá eles me deram uma anestesia e depois eu não sei mais o que aconteceu. Quando eu acordei e me dei conta que estava no quarto, apenas ouvia o choro de minha mãe implorando para que eu não partisse naquele momento. Mais uma vez tentei me comunicar com minha mãe , mais não consegui , estava fraca e já perdendo o fôlego de vida. Meu coração começou a bater muito rápido, não estava mais conseguindo respirar, e minha mãe gritou os médicos desesperadamente para que me ajudassem.



- Doutor, minha filha está morrendo! - Minha mão implorava em prantos.
- Tira ela daqui, rápido!
- Não! Eu quero ficar com a minha filha, eu quero ficar com a minha filha!
- Senhora, nós não podemos te deixar aqui, é contra as regras.
- Mais eu quero ficar com a minha filha....

- Pega o desfibrilador, rápido! - Os médicos agiam rápido, como se estivessem correndo contra o tempo.
- A bolsa de oxigênio, pulsa aqui, rápido.

Eu sofri uma parada cardíaca, mais não consegui voltar. Naquele momento eu havia morrido novamente! Comecei a sentir as mesmas sensações de sombras ao meu redor como no local do acidente. Sim eram as mesmas trevas e sobras. Estavam me cercando.
Como se fosse a um pesadelo muito real, um homem de capa preta e uma foice na mão se aproximaram da minha cama e dava gargalhadas para mim. Eu tentei correr, mais aquele espírito puxou meu espírito e me levou para o mesmo lugar aonde eu havia ido mais cedo. Eu pude ver os médicos tentando me reanimar novamente, mais não pude fazer nada, a não ser lamentar. Eu gritava e implorava para ele me devolver a vida, mais ele me batia toda vez que eu pedia socorro.
Depois de andarmos muito, chegamos a um lugar onde o fogo queimava cada vez mais alto, cada vez mais quente, cada vez mais forte...
Senti medo, tristeza, remoço, não sei explicar o que senti exatamente. Sei que foi uma mistura de sentimentos inexplicável. Naquele momento um filme da minha vida passou na minha mente, e como se fosse alguns flashes, as cenas do acidente vinham cada vez mais fortes.



Aquele espírito me jogou no chão e foi embora. Gritei para que ele me levasse de volta, mais ele apenas me dizia uma coisa.

- Você não tem mais esperanças!
- Por favor! Me tire daqui ! - Disse em planos.
- Não tem mais volta. Você está no inferno!
- NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!

Depois apareceram dois demônios e me acorrentaram. Como se eu fosse uma corda, eles me arrastaram no chão sem pena e sem dó. Ouvia muitas gargalhadas satânicas e muitos gritos de socorro. O medo já havia me dominado. Até que eles me colocaram de pé e de frente para um homem que estava de capa preta, e de costas, não havia mostrado o rosto ainda.

- Senhor, aqui está ela!
- Quem é você? - perguntei com muito medo.
- Eu sou lúcifer! O deus de sua avó

Quando ele falou o nome e se virou de frente pra mim, pude ver que o inferno realmente existe e o diabo é real. Ele debochava de mim e ria muito.

- Como sua avó é boba, se ilude tanto comigo, haha! Sabe aonde ela vai parar? Aqui, no mesmo lugar que você! Ele dava muitas risadas satânicas.
- Não! Não! -

Eu coloquei as mãos nos ouvidos para não ouvir aquilo, mais eles me pegaram e começaram a me bater. Me batiam sem pena , e isso dava muito prazer pra eles.

- Deus, me ajuda!
- Não adianta clamar por esse Deus, você já está perdida!
- DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS, ME AJUUUUUUUUDA! - Clamava sem parar e eles me batiam cada vez mais forte toda vez que eu clamava pelo nome de Deus.
- Quanto mais você clamar por este Deus, mais nós vamos te bater! - Os demônios falavam e riam de mim.



E depois de muito apanhar e não ter a resposta de Deus perdi minhas esperanças e parei de clamar pelo nome dele .
- Deus, tenha misericórdia!

Clamei pela última vez e me calei. Minhas esperanças haviam acabado, e eu me senti perdida e sozinha, mas, de repente uma luz branca entrou naquele lugar fazendo com que aqueles demônios se escondessem e me soltassem. Ouvi aquela voz serena e doce chamando meu nome, e pude sentir um homem me pegando no colo e me acolhendo em seus braços. Aquilo homem me disse uma coisa e me fez uma promessa.

- Você só veio aqui porque foi necessário. Mais você nunca mais vai pisar neste lugar!
- Mais quem é você?
- Eu sou o Deus que aquela moça falou pra você, filha.

Eu tentei olhar o rosto daquele homem, mais não consegui, uma luz muito forte e brilhante refletia sobre a face dele fazendo com que eu não conseguisse olhar.

- Porque eu não posso te ver?
- Porque ainda não é tempo.
- Que tempo?
- Agora é hora de você voltar pra terra, o pessoal precisar saber aonde você foi e o que viu.
- Que pessoal?
- Muitas não vão acreditar quando você contar, mais os que acreditarem no que você contar, estes certamente serão livrados do inferno.




2 comentários:

Cara ameii. xorei, me arrepiei todinha.
indico vcs a lerem.
muito show.

 

aiin qe bom qe vc gsotou Raquel , fiico feliiz. rsrs'

 

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